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Inicialmente, precisamos lembrar que as proteínas são o maior componente funcional e estrutural das células, no qual recebem diversas funções, destacando-se as funções estruturais, como auxiliar na construção da pele, cabelos, unhas, tecidos e músculos e funções funcionais do organismo, como função hormonal e enzimática.

Por isso, torna-se extremamente importante o consumo adequado das quantidades diárias de proteínas. Pensando nisso, elas foram classificadas de diversas formas ao longo dos anos. Mas qual a forma mais correta de contar a quantidade total ingerida por dia? Proteínas de alto valor biológico? De baixo valor biológico? Escore de Aminoácidos Indispensáveis Digestíveis?

  • Qual a diferença entre a proteína vegetal e a proteína animal?

Tanto os alimentos de origem animal quanto os alimentos de origem vegetal possuem proteínas em sua composição. Contudo, a diferença é a quantidade de aminoácidos. As proteínas de origem animal possuem todos os aminoácidos essenciais, já as de origem vegetal possuem aminoácidos limitantes. Sendo fundamental a ingestão adequada de aminoácidos ao longo do dia, para a para a manutenção do organismo. Mas como saber de forma eficaz se estou ofertando todos os aminoácidos na prescrição do meu paciente?

-> A OMS recomenda como forma padrão o uso do DIAAS ( – Digestible Indispensable Amino Acid Score ou “Escore de Aminoácidos Indispensáveis Digestíveis”):

  • Primeiramente, vamos aos conceitos! O que é DIAAS?

O DIAAS (Pontuação de Aminoácidos Indispensáveis ​​Digestíveis) é um método que analisa a digestibilidade dos aminoácidos essenciais, auxiliando no cálculo da qualidade da proteína das refeições.

Ele é baseado na digestibilidade e na absorção ileal. A OMS explica no seu documento “Dietary protein quality evaluation in human nutrition” sobre o porquê de usar esse método. O foco permanece na questão que a digestibilidade da proteína nem sempre será equivalente a digestibilidade e absorção individual. Sendo mais importante saber quais aminoácidos essenciais o alimento possui do que a quantidade total de proteína.

  • Então, como se dá a classificação do DIIAS?

As proteínas são classificadas em escores. Sendo eles:

1) <75 -sem alegação de qualidade
2) 75–99 – proteína de alta qualidade
3) ≥100 – proteína de excelente qualidade.

Recentemente, a FAO atualizou os padrões de pontuação de referência de aminoácidos indispensáveis ​​(IAA) relacionados à idade e recomenda que a população em geral seja categorizada de acordo com três padrões de referência distintos relacionados à idade: 0–6 meses (bebê), 0,5–3 anos (crianças) e >3 anos (resto da população)

Quando o escore é baixo, é necessário realizar a busca por fontes “complementares” de aminoácidos, ou seja, realizar combinações de alimentos como cereais e leguminosas, cereais e oleaginosas, sementes e grãos.

O DIAAS ainda pode ser expresso pela seguintes equações:
DIAAS% = 100 x menor valor [(mg de aminoácido digestível indispensável na dieta em 1 g de proteína dietética) / (mg do mesmo aminoácido indispensável na dieta em 1g de a proteína de referência)] ou
DIAAS% = 100 x valor mais baixo [“razão de referência de IAA digerível” para um determinado padrão de pontuação de aminoácidos].

 

  • Entre o DIAAS ou a proteína de alto e baixo valor biológico: Qual eu uso?

Existem vários metódos para avaliar a qualidade das proteínas presentes nos alimentos. Dentre eles, o PDCAA ( Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score – Pontuação de aminoácidos corrigida para digestibilidade da proteína ), o valor biológico e o padrão DIAAS são os mais conhecidos.

O PDCAA até 2013 era o metódo indicado pela Organização para a Alimentação e Agricultura e a Organização Mundial da Saúde (FAO / OMS) para a medição do valor da proteína na nutrição humana. Ele é definido como a relação entre o conteúdo do primeiro aminoácido limitante na proteína (mg/g) e o conteúdo daquele aminoácido em uma proteína de referência mg/g), multiplicado pela digestibilidade verdadeira. O padrão de referência é a necessidade de aminoácidos essenciais para crianças entre 2 e 5 anos de idade. Esse método considera se a proteína fornece ao organismo os aminoácidos essenciais, na quantidade necessária, considerando sua digestibilidade. Alguns problemas dessa classificação estão relacionados à superestimação em idosos (provavelmente por causa dos valores de referência baseados em indivíduos jovens), influência da digestibilidade ileal e fatores antinutricionais.

Já o valor biológico mede a qualidade da proteína calculando o nitrogênio usado para a formação do tecido dividido pelo nitrogênio absorvido dos alimentos. Este produto é multiplicado por 100 e expresso como uma porcentagem do nitrogênio utilizado.
Esse metódo fornece uma medida de quão eficiente o corpo utiliza a proteína consumida na dieta. Um alimento com alto valor está relacionado a um alto suprimento de aminoácidos essenciais. Existem, no entanto, alguns problemas inerentes a este sistema de classificação, já que o valor biológico não leva em consideração vários fatores-chave que influenciam a digestão das proteínas e a interação com outros alimentos antes da absorção.

Atualmente como já falamos a OMS e a FAO recomendam usar o método DIAAS, uma vez que avalia o quanto de proteína é digerida e absorvida pelo organismo. Então é nessa classificação que você deveria ser aprofundar!

Sendo a classificação de proteína de alto ou baixo valor biológico considera como ultrapassada, apesar de que muitos estudos ainda se baseiam nessa classificação.

  • Agora, qual a vantagem do DIAAS para o PDCAA e valor biológico?
    No PDCCA a pontuação máxima alcançável que qualquer proteína poderia atingir era de 1,0, indicando que a proteína forneceria 100% (ou mais) de todos os aminoácidos necessários na dieta.
    Assim, proteínas de qualidade superior não seriam identificadas ou destacadas. Já o DIAAS não trunca as pontuações, permitindo uma classificação mais precisa da qualidade.
    Outro ponto é que a questão das amostras coletadas para análise. Sabe-se que os aminoácidos têm menor probabilidade de serem absorvidos após a passagem pelo íleo. As amostras DIAAS vêm do íleo, enquanto as amostras PDCAA vêm de fezes. Por isso, a amostra DIAAS é uma representação mais precisa da digestão e absorção de aminoácidos.
    O PDCAA ainda supervaloriza a qualidade das proteínas contendo fatores antinutricionais e não leva em conta biodisponibilidade reduzida de alguns aminoácidos que são suscetíveis a danos durante o processamento de alimentos, como a lisina, que pode se tornar biologicamente indisponível.

Claro que o padrão DIAAS também tem suas limitações, já que as análises do DIAAS se concentraram amplamente em um único ingrediente de
alimentos. Por isso mesmo que a FAO menciona que padrão DIAAS não será implementado até que um catálogo mais completo de pontuações seja testado e verificado. Espera-se a adoção oficial do DIAAS, como um padrão universal, em algum momento nos próximos 5 a 10 anos.

Lembre-se: mais importante do que qual método usar, é a combinação de boas fontes proteicas de acordo com o índice do DIIAS, e somar a quantidade ingerida por dia. Isso irá influenciar tanto na quantidade quanto na qualidade da alimentação do seu paciente.

Não se esqueça: Quando falamos de uma alimentação vegetariana ou vegana é ainda mais importante manter a combinação de cereais e leguminosas e/ou cereais e oleaginosas e/ou sementes e grãos. Por isso a combinação brasileira de feijão com arroz é perfeita!

Referências:
DIETARY protein quality evaluation in human nutrition. FAO FOOD AND NUTRITION PAPER, [S. l.], 2011.

QUALIDADE NUTRICIONAL E ESCORE QUÍMICO DE AMINOÁCIDOS DE DIFERENTES FONTES PROTÉICAS. Ciênc. Tecnol. Aliment., 2006.

A COMPARISON of Dietary Protein Digestibility, Based on DIAAS Scoring, in Vegetarian and Non-Vegetarian Athletes. Nutrients , 2019.

CAN the digestible indispensable amino acid score methodology decrease protein malnutrition. Animal Frontiers, 2019.

Leser, S. (2013). The 2013 FAO report on dietary protein quality evaluation in human nutrition: Recommendations and implications. Nutrition Bulletin, 38(4), 421–428. doi:10.1111/nbu.12063

Herreman L, Nommensen P, Pennings B, Laus MC. Comprehensive overview of the quality of plant- And animal-sourced proteins based on the digestible indispensable amino acid score. Food Sci Nutr. 2020;8(10):5379-5391. Published 2020 Aug 25. doi:10.1002/fsn3.1809

Craddock, J. C., Genoni, A., Strutt, E. F., & Goldman, D. M. (2021). Limitations with the Digestible Indispensable Amino Acid Score (DIAAS) with Special Attention to Plant-Based Diets: a Review. Current Nutrition Reports, 10(1), 93–98. doi:10.1007/s13668-020-00348-8

Schaafsma G. The protein digestibility-corrected amino acid score. J Nutr. 2000 Jul;130(7):1865S-7S. doi: 10.1093/jn/130.7.1865S. PMID: 10867064

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