Na rotina do consultório é extremamente comum recebermos pacientes que não conseguem “comer pouco” (nas palavras deles) ou que não conseguem se controlar frente a comida. A esse tipo de fome nós chamamos de fome hedônica!
A fome hedônica é um tipo de fome diferente da fome fisiológica. A fome fisiológica é a fome que sentimos quando o corpo sente que há realmente necessidade de se alimentar para cumprir suas funções. Já a fome hedônica está envolvida com diversos mecanismos moleculares não relacionados à sobrevivência. Ela está mais relacionada a mecanismos de recompensa e de prazer! (Lee & Dixon, 2017)
A origem da fome hedônica pode ser múltipla. A maior parte dos pacientes acaba desenvolvendo por histórico de dietas restritivas e falha terapêutica, por demandas psicológicas… mas a própria composição dos nutrientes pode também impactar nisso. O sistema endocanabinoide media esses processos e está diretamente relacionado à alimentação!
Nenhum tratamento nutricional funciona caso a fome hedônica não seja abordada. Episódios de compulsão podem se tornar frequentes. E é por isso que esse mês resolvi trazer para vocês no nosso Clube NBE um caso bem nítido de fome hedônica para que vocês vejam como abordo na prática clínica! Acesse no link https://escolanbe.anniebello.com.br/clube-nbe/
Uma dica: preste atenção aos sinais do paciente. Caso ele relate sentimentos ambíguos com a comida as chances são grandes dele possuir fome hedônica. Há ferramentas que ajudam a diagnosticar. Uma delas está disponível como material complementar para os assinantes do Clube!
E você, como lida com a fome hedônica do paciente? É comum na sua prática clínica? Me conta aqui embaixo que amanhã falo um pouco sobre como eu faço!
REFERÊNCIAS
LEE, P. C.; DIXON, J. B. Food for Thought: Reward Mechanisms and Hedonic Overeating in Obesity. Current Obesity Reports, v. 6, n. 4, p. 353-361, 2017.