Em 2019 o American College of Endocrinology, em conjunto com a American Association of Clinical Endocrinologists, publicou o consenso mais recente sobre o manejo do diabetes mellitus tipo 2.
Nesse consenso, os autores mostram o que há de mais recente na ciência sobre o tratamento do diabetes tipo 2. Há uma parte dedicada exclusivamente ao estilo de vida e como este pode impactar no controle da doença.
A novidade fica por conta da recomendação de que TODOS os pacientes devem buscar um peso adequado e, para conseguir alcançar esse peso, que sigam um plano alimentar PLANT-BASED, alto em gorduras mono e poli-insaturadas, restrito em gordura saturada e isento de gordura trans (Diabetes Management Algorithm, Endocr Pract. 2019;25(No. 1)).
Ou seja, as duas entidades recomendam que a alimentação no diabetes tipo 2 deve ser plant-based, independente das calorias totais, dos macronutrientes e a prescrição nutricional no geral. Importante destacar que é possível ser plant-based mesmo sendo onívoro. Nesse caso, a base da alimentação é hortaliças, frutas, grãos integrais, leguminosas e oleaginosas, enquanto laticínios, ovos e carnes suína, bovina e de aves são ingeridos em menor quantidade do que a média ocidental de consumo. Há diversos mecanismos de ação que potencialmente explicam os benefícios da dieta plant-based no tratamento do diabetes e prevenção de comorbidades, mas o que mais se destaca é o efeito dos compostos bioativos. Eles impedem a oxidação do LDL, bloqueiam parcialmente a agregação plaquetária e aumentam a longevidade, dessa forma prevenindo e tratando a aterosclerose (Curr Cardiol Rep (2017) 19: 104).
Então fica a dica de hoje: mesmo que você não seja vegetariano ou vegano, nossa alimentação num geral deve ser baseada em plantas! Uma alimentação alta em plantas, além de mais sustentável para o nosso planeta, promove saúde de uma forma única.