Polifenóis: eles tem mesmo efeito na saúde? Precisa suplementar?
No blog de hoje eu venho compartilhar informações importantes sobre polifenóis!
Qual seu efeito na saúde? O quanto a sua falta implica no organismo? Preciso suplementar?
Já sabemos que todos os profissionais da saúde já confirmam a importância de uma alimentação diversificada. Mas o porquê disso? Será que importa tanto?
Mas o que são os fitonutrientes?
Os fitonutrientes são encontrados em frutas e vegetais. Não há recomendação adequada pela Ingestão Dietética de Referência (DRIs), como existem para os macronutrientes e micronutrientes.
Uma revisão sistemática sintetizou as evidências sobre os efeitos na saúde de uma variedade de pigmentos bioativos associados à cor encontrados nos compostos bioativos (carotenoides, flavonoides, betalaínas e clorofilas).
Os resultados dessa revisão demonstram que sim, os polifenóis implicam na saúde e na melhora de diversos parâmetros! Mas, calma! Não precisa suplementar não!
Eu sempre reforço a importância da base da nossa alimentação ser os alimentos!
A suplementação pode sim ter um efeito na saúde, mas a curto prazo!
Apesar do grande número de estudos investigando os efeitos dos polifenóis na saúde em humanos, apenas alguns consideraram sua biodisponibilidade para apoiar parcialmente a bioeficácia associada!
- Qual a biodisponibilidade dos polifenóis aqui no BR?
O teor nos alimentos varia de 15,35 a 214,84 mg/100g peso fresco. A disponibilidade nacional, com base na quantidade, em kg, adquirida anualmente no Brasil foi de 48,3mg/dia, tendo a região Sudeste e a região Centro-Oeste os maiores e menores valores, respectivamente.
O alimento que possui maior poder de ser fonte, e a mais consumida é a banana!
Para atingir a quantidade adequada diária é recomendada a ingestão de frutas e hortaliças com um aumento de 16 vezes na disponibilidade nacional de polifenóis, demonstrando a relação entre o consumo destes grupos alimentares com a ingestão de compostos bioativos benéficos à saúde.
OBS: O consumo adequado deles auxilia na produção de ácidos graxos de cadeia curta pela microbiota intestinal
Vamos falar um pouco dos que possuem maior evidência científica?
As antocianinas estão entre os compostos polifenólicos com maior concentração nos alimentos, com concentração média de 115 ± 259 mg. As fontes alimentares mais ricas de antocianinas (como glicosídeos) são as frutas vermelhas, vinho tinto, feijões coloridos e vegetais como laranjas vermelhas, alface vermelha ou cebola roxa.
Em relação aos estudos realizados com essa substância, seus níveis plasmáticos foram muito baixos para afetar biomarcadores considerados!
Contudo, diversos estudos associam um alto consumo de flavonoides com diminuição do risco de diabetes, câncer e mortalidade devido as suas propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas, antifúngicas, antialérgicas, quimioprotetoras, neuroprotetoras, hipolipidêmicas e/ou hipotensoras.
A categoria mais alta de ingestão de carotenóides na dieta é associada a uma diminuição de 15% no risco de doença cardíaca isquêmica.
Quercetina
A quercetina é uma das moléculas mais mencionadas em estudos e é amplamente presente em frutas, vegetais e muitos suplementos dietéticos e remédios de ervas na forma de glicosídeos de quercetina.
A cebola é uma das principais fontes!
Diversos estudos associam o consumo de fontes alimentares de quercetina com melhora nos parâmetros de câncer, diabetes e outras doenças digestivas. Quanto aos efeitos antibacterianos da quercetina, este composto recebeu recentemente mais atenção para o tratamento de doenças bucais.
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Luteína/Zeaxantina
A luteína é encontrada em vegetais verdes e folhosos e oferece um alto nível de atividade antioxidante. Acredita-se que altos níveis de luteína e zeaxantina (um pigmento carotenóide intimamente relacionado derivado da luteína) reduzam o risco de degeneração macular relacionada à idade, como cegueira.
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Resveratrol
O resveratrol tem um papel significativo na redução da obesidade e suas anormalidades associadas. Estudos em animais relataram que este composto regula significativamente moléculas de sinalização e inibição como moléculas de TNF, IL-1y, NO e NF-B em macrófagos peritoneais.
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Hesperitina
A hesperina é um flavonóide, e os flavonóides são antioxidantes eficazes e podem proteger contra várias doenças crônicas. Evidências epidemiológicas indicam que a incidência de doença cerebrovascular foi menor com altas ingestões de hesperitina, e a incidência de asma foi menor com maiores ingestões totais de flavonóides, incluindo hesperitina. Contudo, devemos ter cautela quanto a esses resultados!!!
Mensagem final: deixo aqui a recomendação de consumo de frutas e verduras diárias para se manter o mínimo de consumo diário de antioxidantes, polifenóis e flavonoides!
✅Lembre-se: quanto maior o consumo de frutas e vegetais, maior será o consumo desses compostos!
Referências:
https://doi.org/10.3390/molecules27134061](https://doi.org/10.3390/molecules27134061
GLOBAL PHYTONUTRIENT REPORT, nutrilite 10\.1080/10942912.2017.1354017
Rev Saúde Pública 2009;43(2):211-8
https://doi.org/10.3390/molecules27134061](https://doi.org/10.3390/molecules27134061