O resveratrol é um composto bioativo da classe dos polifenóis. Ele está presente em diversas frutas, legumes e hortaliças, mas os mais famosos e que possuem maior quantidade são as uvas, o amendoim e as berries (morango, cereja etc).
A gama de ações do resveratrol é gigantesca, como mostrado por Diaz-Gerevini e colaboradores em seu artigo de 2016: ele atua em tantos mecanismos bioquímicos e moleculares que seu consumo está associado à prevenção e o tratamento de diversas condições, como obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, depressão, transtorno bipolar, doenças hepáticas e outros.
Mas e com as gestantes? O resveratrol parece ser benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê. Seu consumo gera uma diminuição da expressão da enzima glicose-6-fosfatase no fígado, levando a uma menor liberação de glicose para a corrente sanguínea. Ele também parece promover a oxidação de ácidos graxos pelas mitocôndrias (ou como muitos chamam: “queima de gordura”). No bebê ele gera menor gordura corporal e maior termogênese a longo prazo. (Kereliuk, Brawerman & Dolinsky, 2017)
Como incluir resveratrol na alimentação? Além da inclusão dos alimentos listados anteriormente, pode-se incluir seus derivados como suco de uva integral e pasta integral de amendoim ou preparações, como tortinha integral de morango e amora, salada de frutas, paçoca integral sem açúcar e diversos outros.
Importante: não há evidências sobre suplementação de resveratrol. A obtenção dele deve ser pela alimentação!
REFERÊNCIAS
DIAZ-GEREVINI, G. T. et al. Beneficial action of resveratrol: how and why?. Nutrition, v. 32, n. 2, p. 174-178, 2016.
KERELIUK, S. M.; BRAWERMAN, G. M.; DOLINSKY, V. W. Maternal Macronutrient Consumption and the Developmental Origins of Metabolic Disease in the Offspring. International Journal of Molecular Sciences, v. 18, n. 7, p. 1451, 2017.