O Índice de Massa Corporal (IMC) é utilizado há muitos e muitos anos na prática clínica como método para avaliar o estado nutricional das pessoas. Ele é simples e rápido de ser feito: peso sobre altura ao quadrado.
O problema é que ele coloca as pessoas em caixinhas. O IMC assume que todos os indivíduos possuem a composição corporal, a estrutura óssea, a genética e o fenótipo iguais, o que não é a realidade. Cada indivíduo é único, assim como sua composição corporal.
Ainda, o IMC não diferencia músculo de gordura. O IMC de um bodybuilder, por exemplo, é similar ao de um obeso. É um exemplo extremo, mas que mostra bem as falhas desse índice.
Por fim: em um bodybuilder é fácil visualizar a grande quantidade de massa muscular, mas e em um obeso? Em um eutrófico (peso “normal” pelo IMC)? É possível saber quanto há de tecido muscular e de tecido adiposo ali só de olhar? Não!
Há obesos com mais ou menos músculos, assim como eutróficos. O que realmente indica o estado nutricional dos indivíduos são os compartimentos adiposo e protéico-somático. Peso e IMC são só um detalhe!
Sendo assim, deixe o IMC de lado. Faça sempre a avaliação da composição corporal.
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REFERÊNCIA
PRADO, C. M.; GONZALEZ, M. C.; HEYMSFIELD, S. B. Body composition phenotypes and obesity paradox. Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care, v. 18, n. 6, p. 535-551, 2015.