Nelson e colaboradores (2013) publicaram um artigo de revisão que compila os resultados de vários estudos. Nele, os autores mostram que o grão ou a semente possuem naturalmente inibidores enzimáticos para evitar que enzimas degradem as reservas energéticas. Ao germinar, o grão se prepara para crescer. Para isso ele diminui a produção desses inibidores enzimáticos e permite que enzimas atuem, “liberando” os nutrientes para o grão crescer. Isso faz com que: – Os inibidores enzimáticos inibem nossas enzimas também. Então boa parte das pessoas que se sente “estufada” após ingerir trigo, por exemplo, é por conta das enzimas gástricas inibidas. Com a germinação isso diminui muito!; – Amido é degradado, se tornando glicose livre. Mas apesar disso, ela está dentro de uma matriz alimentar complexa. Então os estudos com humanos mostram que a ingestão de grãos germinados melhora a glicose sanguínea; – Proteína fica mais disponível na forma de aminoácidos, assim como algumas vitaminas (ou seja, maior absorção); – Há degradação de fitatos, o que gera maior absorção de vários nutrientes, como potássio, ferro e zinco; – Há aumento de compostos bioativos e potencial antioxidante.
Então germinar é SIM excelente para a saúde! E é bem fácil, há vários tutoriais na internet. Diversos grãos e sementes podem ser germinados.
Que tal incorporar no seu dia-a-dia?
Faz para a saúde e vai dar outro visual para seus pratos!
REFERÊNCIA NELSON, K. et al. Germinated grains: a superior whole grain functional food?. Canadian Journal of Physiology and Pharmacology, v. 91, n. 6, p. 429-441, 2013.