“Plant-based diet” é um termo que surgiu no meio acadêmico, mas que vem sendo disseminado também nas mídias sociais nos últimos tempos. Como vivemos na era das informações fake, é natural que muitos se perguntem o que é plant-based e se é mito ou verdade. A resposta é que plant-based é um padrão alimentar em que, como o nome sugere, a alimentação é baseada em plantas. Não necessariamente precisa ser uma dieta vegetariana ou vegana: plant-based é ingerir a maior parte dos alimentos de origem vegetal, podendo sim ingerir produtos de origem animal em menor quantidade e menos frequentemente.
Num artigo de revisão sistemática sobre o assunto, de Kahleova, Levin & Barnard (2017), publicado na Nutrients, os autores mostram que o amontoado de evidências disponível até aquele momento indicava que dietas plant-based reduzem em média 40% o risco de eventos cardiovasculares (como infarto), em média 29% o risco de doenças cerebrovasculares (como o AVC) e em média 50% o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.
Para obter esses benefícios, adote uma alimentação plant-based. Mas lembre-se que nada tem a ver com simplesmente excluir produtos de origem animal. Deve-se pensar na qualidade e no processamento dos produtos de origem vegetal que você ingere também! Os produtos de origem animal podem faz parte da alimentação, desde que em proporção pequena. Sua alimentação deve ser baseada em frutas, hortaliças, oleaginosas, sementes, óleos de boa qualidade, grãos integrais e leguminosas, todos in natura ou minimamente processados!
REFERÊNCIA KAHLEOVA, H.; LEVIN, S.; BARNARD, N. Cardio-metabolic benefits of plant-based diets. Nutrients, v. 9, n. 8, p. 848, 2017.