É inegável a influência da microbiota e da saúde intestinal sobre o organismo. Hoje sabemos que metabólitos gerados pelas bactérias intestinais têm ação tanto nas células intestinais quanto em diversos outros órgãos do corpo. Sendo assim, já é consenso que a disbiose – desequilíbrio entre bactérias patogênicas e probióticas – é um fator central no desenvolvimento e na progressão de várias doenças.
Mas devo prescrever probiótico para todo paciente? Bom, modulação intestinal pode (e deve) fazer parte do tratamento nutricional. Mas modulação vai muito além de suplementar probiótico! Quando identificamos a disbiose, precisamos seguir o protocolo dos 4R: REMOVER, REINOCULAR, RECOLOCAR E REPARAR. Probióticos fazem parte da etapa REINOCULAR apenas. Então não adianta suplementar probióticos sem seguir todas as etapas!
É preciso retirar os insultos que induziram disbiose, reparar a mucosa intestinal, fornecer substratos para a proliferação das bactérias probióticas, etc. E como já falei aqui antes, a modulação intestinal começa na comida! A alimentação é a base.
No Clube NBE desse mês discuto um caso real de uma paciente que fiz modulação intestinal visando emagrecimento. Lá explico melhor cada etapa da consulta e o protocolo utilizado. Dá uma olhada no site para saber mais.